Brasileiros escolhem produtos orgânicos pela aparência e preço, mostra pesquisa

E empresas como Korin, Mãe Terra, Sadia, União, Seara, Native, Jasmine, Vitao e Nestlé, entre outras, estão de olho nesse público.

Consumidores de orgânicos desejam produtos confiáveis e com selo de garantia, consideram que os preços desses produtos são elevados, mas querem continuar consumindo. É o que mostra a pesquisa apresentada hoje (19), “Panorama do consumo de orgânicos no Brasil 2021”. A pesquisa é realizada a cada dois anos pela Organis (Associação de Promoção dos Orgânicos), entidade com 79 associados entre agroindústria, produtores, marcas de produtos, comércio e serviços – entre eles insumos e certificações –, em parceria com a Brain, empresa de inteligência estratégica, e a UniOrgânicos, projeto de comunicação e informação do setor. “Os números dessa terceira pesquisa Organis de comportamento dos consumidores revelam importantes avanços”, declara Cobi Cruz, diretor da Organis, na apresentação dos resultados.

Realizada no período de 15 de setembro a 5 de outubro do ano passado, com 987 entrevistados, os resultados apresentados hoje, segundo Marcos Kahtalian, sócio fundador da Brain, tem uma relevância estratégica para as empresas porque apontam para o crescimento, mesmo em um período econômico complicada trazido pela pandemia de Covid-19. Nesse mercado há grandes empresas, nacionais e multinacionais, que aparecem na pesquisa: além da Korin estão Mãe Terra, Sadia, União, Seara, Native, Jasmine, Vitao e Nestlé, entre outras.

“A pesquisa mostra crescimento no número de consumidores em relação ao levantamento de 2019, de 19 % para 31%”, diz ele. “A pandemia trouxe novos consumidores, já que o principal atributo percebido do orgânico é a associação com saúde e uma vida saudável em geral. Também 25% dos consumidores que declararam comprar orgânicos passaram a fazê-lo apenas nos últimos dois anos.”

A pesquisa aponta que, na percepção do consumidor, 31% relacionam os orgânicos a alimentos saudáveis e naturais; 29% relacionam a frutas, verduras e legumes, e 15% à saúde. Outro dado importante: 89% dos entrevistados acham necessário o selo de identificação, o que possibilita a rastreabilidade do produto. Esse índice fica muito próximo das pesquisas anteriores realizadas em 2019 (90%) e 2017 (78%). E mais, quando questionados quais os critérios determinam a escolha de produtos orgânicos, 43% declararam ser a aparência do produto e 41% ser o preço.

Por: Vera Ondei

Fonte: Forbes Agro