Mercado global de alimentos veganos cresce cerca de 10% ao ano e deve chegar a US$ 34 bilhões até 2028

Maior conscientização do consumidor em relação ao sofrimento animal, impactos no meio ambiente e na própria saúde impulsionam setor

Pesquisa realizada pela SkyQuest mostra que o mercado global de alimentos veganos deve ultrapassar US$ 34 bilhões até 2028 por conta da conscientização de consumidores sobre o sofrimento e as condições de bem-estar de animais na indústria pecuária. Considerando que o mercado vegano valia US$ 15,6 bilhões em 2021, as previsões para 2028 representam um aumento anual de 9,3% da taxa de crescimento.

“O mercado de alimentos veganos tem tido um crescimento significativo nos últimos anos. Cada vez mais, os consumidores têm optado por opções vegetais, motivados por uma variedade de fatores, incluindo as preocupações sobre a saúde, o meio ambiente e o bem-estar animal. É muito animador ver novos produtos e inovações que facilitam a adoção de um estilo de vida vegano”, diz Taís Toledo, diretora de políticas alimentares da Sinergia Animal, uma organização internacional de proteção animal que trabalha para promover a alimentação vegetal em países do Sul Global.

Para o segmento de lactose, a expectativa é de um aumento de 10,4% até 2028. Isso porque a maioria da população mundial é intolerante à lactose, alternativas vegetais aos laticínios representam um grande fator desse crescimento. “Os produtos à base de plantas oferecem opções com menos gordura saturada e colesterol. E mais importante, são livres de crueldade. Além disso, o leite de vaca tem impactos ambientais muito maiores do que suas alternativas vegetais”, explica Taís.

Na América do Sul, o crescimento do mercado de alimentos veganos deve ser ainda maior, de 11,45% previsto até 2028. Além de ser uma tendência global, esse crescimento na região é resultado de décadas de trabalho de ativistas e organizações.

“No Brasil, nossa comunidade de ativistas está empenhada em promover a alimentação vegetal e um futuro melhor para os animais, conscientizando o público, dialogando e negociando com diferentes instituições, e expandindo o acesso à informação sobre o nosso sistema de alimentação”, diz a diretora.

Fonte: SA Varejo